10º Colocado

 

 Desde os 7 anos de idade, Joaquim Celso de Carvalho está ligado à terra. Nessa idade, começou a ajudar seu pai na roça e, desde então, sempre trabalhou com a agricultura, mais precisamente com a cultura cafeeira. Em 1983, formou-se em Técnico Agrícola e, logo depois, começou a trabalhar na Fazenda Campo Verde, no munícipio de Campo do Meio. Na época, a fazenda ainda era de propriedade do Grupo Ipanema. Durante seis anos, Celso, como é mais conhecido, foi funcionário da Campo Verde. Nesse meio tempo, foi juntando dinheiro para comprar sua própria terra e, em 1997, tornou-se proprietário da Fazenda Pedra Branca. Em 2000, quando a produção de café começou a dar frutos, Celso tornou-se associado Coopercam. 
Nesse meio tempo, casou-se com Maria Rosane de Carvalho, com quem teve três filhos: duas meninas e um menino. Na fazenda, sempre se dedicou à produção de café e, para a sua manutenção, sempre contou com a ajuda da esposa e dos filhos. Para a panha de café, Celso contrata algumas pessoas, mas somente nesse período possui ajuda externa. Na maior parte do ano, a fazenda conta apenas com o trabalho de Celso e Maria Rosane. De forma esporádica, produtores amigos também ajudam em alguma empreitada. 
Os filhos cresceram em Campo do Meio, mas sempre estavam na fazenda para ajudar os pais na labuta diária. Lá, eles cresceram e aprenderam a valorizar a terra. Mas isso não os impediu de estudar e trilhar caminhos diversos dos pais. Natália e Lucas, os filhos mais velhos, são dentistas. Já a caçula, Nayara, está terminando a residência médica em Pediatria. 
O lote de café premiado no concurso da Coccamig merece uma menção à parte. Em janeiro de 2007, com os filhos na adolescência, o que eles mais queriam era desfrutar as férias na praia. Acontece que Celso havia plantado, no início desse mês, um lote de café. Como foi um período em que não chovia e os pés de café precisavam ser constantemente regados, Celso relutava em viajar. Ele, então, combinou com os filhos: se eles o ajudassem a aguar as plantas e não deixassem os pés de café morrer, a praia estaria garantida. Assim foi feito. Todos os dias, os quatro iam até a área recém-plantada e regavam, não sem certa dificuldade, os pés de café. Essa tarefa se sucedeu durante 20 dias até começar a chuva regular, no dia 25 de janeiro de 2007. Com a chuva, a família pode tranquilamente viajar para a praia. A missão foi cumprida com êxito. 
Celso se emociona ao constatar que, justamente o café dessa área, obteve uma bebida de qualidade a ponto de receber uma premiação. Ele credita o prêmio não somente aos cuidados normais que uma plantação deve ter, mas também a essa história peculiar com os filhos. Para ele, o carinho especial que as plantas receberam ajudaram na produção de grãos de qualidade. Por isso mesmo, Celso tem um grande sonho: que os filhos, um dia, retornem às origens. 

 

 
Provadores

 Nelmo Ribeiro Tavares ( COOPERCAM), Cláudio Lúcio Domingues ( COOPERRITA), Vanius Fernandes Almeida ( CAPEBE), Felipe Henrique Alipio Ernesto (COOXUPÉ), Pedro Bronzin Junior ( COCCAMIG), Sandro Baltazar Carvalho ( COOPERBOM), Anderson Silva ( CORPLES), Pierre Pereira Brito (COCATREL), Johnny Henrique Ferreira (COOPERVASS), Gilmar Reis Cabral ( Juiz Principal - 1ª Fase), Silvio Luiz Leite ( Juiz Principal - 2ª Fase).